
Pontes incompletas para pés por falta de mãos e de almas. Realidades cruzadas, refractadas, invertidas num espelho quebrado por 7x70 unidades de medida temporal.
Roupas de marca em saldos, de etiquetas bordadas e nomes foneticamente sonantes em colisão frontal com Pessoas sem centro, que cobrem mais a alma do que o corpo, numa moda do futuro que não muda.
Abre os olhos e o mapa! É urgente saber ver o mundo que fica para fora dos limites do GPS. Porque mais que pontes incompletas, mora um mundo alugado para todos a preços e taxas de juros diferentes, um mundo que partilha (as mesmas) fronteiras de costas (mesmo) voltadas.
2 comentários:
Contorna-se a nossa existência iludida pelo bem-estar e felicidade. Com olhar crítico disserta-se as irrealidades que nos envolvem, como se de um ramo matemático se tratasse, a exactidão está no sofrimento que molesta, onde se nasce e se morre. Tu que nelas habitas fazes o papel de profetiza e de repórter de guerra; és mensageira da obra destituída. A ponte que não se atravessa, pré-ruína, é estagnação da sombra do instante fugaz, da relação pré-cadavérica, alimento do esquecimento e dos vermes. Aprecio os teus posts, de certa forma posso dizer que enamorei-me por eles.
São recortes os bilhetes que pomos no bolso todos os dias quando abrimos a porta de casa. Têm paragens diferentes no seu percurso, e é dessa variedade que nasce a incompleta ampliação, crescer com sentido crítico e open-mind. Obrigada por pegares neste bilhete...
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